sexta-feira, 22 novembro, 2024
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O Primeiro Natal do Mundo | Crítica: Nacional de Natal agrada pela simplicidade

Pelo visto a parceria de Lázaro Ramos e Ingrid Guimarães com o Prime Video vai ser igual piada ruim de parente no Natal: Demora, mas vem. E com O Primeiro Natal do Mundo (2023), a dupla finalmente estrela um novo projeto na plataforma, novamente juntos, e num é que esse longa nacional de Natal é bom?

Ao mirar no basicão e fazer o feijão com arroz no gênero, o longa com direção de Susana Garcia (parceira habitual de Guimarães no comando de outros projetos estrelados pela mesma) e Gigi Soares acerta na simplicidade. E assim, junto com roteiro bem feitinho, pega uma história de natal fofa e fácil de ser navegada e coloca um tempero brasileiro.

E graças também ao timing cômico dos protagonistas, somados com a ótima Fabiana Karla no meio ali de coadjuvante, O Primeiro Natal do Mundo faz um filme que é uma receita fácil de agradar e que entrega mais um bom filme do gênero e que chega diretamente no streaming.

Sem firulas, ou uvas passas no meio, O Primeiro Natal do Mundo empolga pela criatividade narrativa, mesmo que simples em sua proposta, para falar das festas de final de ano e pelo elenco bastante entrosado para contar essa aventura. Claro, Ramos e Guimarães não convencem como um casal, mas estão bem separados, individualmente falando, e também acertam no tom quando estão com o elenco mirim, e assim, a dupla acaba por divertir ao contarem essa maluca história.

Elenco em cena de O Primeiro Natal do Mundo.
Foto: Courtesy of Amazon Studios. All Rights Reserved.

 

No longa, o casal Pepe (Ramos) e Tina (Guimarães) vivem no melhor estilo Doze É Demais (2003). A família dele, juntou com a família dela, todos eles vivem no mesmo teto e estão prestes a passarem o Natal juntos. E se eles não são em doze em O Primeiro Natal do Mundo, é quase isso, afinal, a casa está bastante cheia, e vemos os conflitos pautarem o começo da história, onde temos o casal que acabou de sair de outros relacionamentos, e os jovens adolescentes Nanda (Yasmin Londuik) e Arthur (Igor Jansen) e as crianças Gael (Theo Matos, um fofo) e Maju (Valentina Gaspar, super expressiva) andando por ai, e claro como jovens, estão sempre um pentelhando o outro.

E na época do Natal, é aquela correria para lá e prá cá. E para essa família não é diferente. Pepe tem que lidar com o fato que as filhas sentem saudades da mãe falecida, e Tina tem que orquestrar as encomendas que faz para fora, lidar com a síndica enxerida Silvana (Fabiana Karla na dose certa, pôdiiiii), e ainda com o caos que é preparar uma noite de véspera de Natal perfeita para todos que criam essa nova, e grande família.

Mas claro, que quanto mais você planeja o Natal, mas é receita para confusão e é claro que é isso que acontece em O Primeiro Natal do Mundo. O interessante é que o texto do grupo formado por Alessandra Ruiz, Guilherme Ruiz, Carolina Minardi, Leandro Soares, Júlia Lordello dá um tempo para conhecermos essa família, seus conflitos, problemas, e essa dinâmica familiar complicada antes de nos jogar para a trama principal.

É por conta desse grande contexto de quem são os Pinheiro Lima que O Primeiro Natal do Mundo acerta na história dessas pessoas que partem em missão de criarem o primeiro natal do mundo, depois que a mais jovem, Maju, depois de uma grande discussão em família, pede para as estrelas um mundo sem a comemoração de final de ano.

Assim, o longa que caminhava para ser mais um drama familiar, ganha toques de comédia, junto com filme de assalto, e cara da Sessão Da Tarde. Assim, cada vez que a trama passada, fica mais O Primeiro Natal do Mundo o quanto o filme dá certo pelo fato da narrativa se apoiar no elenco para dar certo.

Afinal, a família começa aos poucos a perceber que se o Natal não existe, diversas outras coisas também não existem, como as comidas, os dias de folga, as reuniões familiar e os presentes. E na medida que eles precisam recriar o Natal, e colocarem o plano de recriar o Natal não só para eles, mas para o mundo, em prática é que o longa abusa das diversas mensagens que são passadas, bem no meio da diversão que vemos eles em busca de verem como é esse dia sem o Natal, o texto garante que a emoção volte a ser o centro das atenções.

Fabiana Karla em cena de O Primeiro Natal do Mundo.
Foto: Courtesy of Amazon Studios. All Rights Reserved.

E todos os atores navegam bem por essas vertentes que o filme se apresenta. E na medida que O Primeiro Natal do Mundo vai para um lado mais cômico também dá a chance para a personagem de Fabiana Karla ganhar mais espaço como a empresária varejista que quer emplacar o Natal para vender mais produtos.

A comediante realmente parece ter se divertido com o texto recebido, e nos diverte com os seus trejeitos e caras e bocas. Karla faz um bom contraste com o que o outro lado, dos personagens e Ramos e Guimarães, e com o que os personagens buscam para sair dessa confusão toda e de verem o lado do Natal como um feriado para estar com os entes queridos e compartilhar bons momentos. 

No final, O Primeiro Natal do Mundo faz um divertido, espirituoso e gostosinho longa de Natal, uma boa opção no catálogo e que faz jus à parceria entre Ramos e Guimarães na gigante do streaming. E fica cada mais claro que o filme acaba por ser um presente para a dupla depois de meses em desenvolvimento e também para os aficionados das comédias natalinas como quem os escreve.

Nota:

O Primeiro Natal do Mundo está disponível no Prime Video.


Miguel Morales
Miguel Moraleshttp://www.arrobanerd.com.br
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