Os eSports têm crescido ano a ano em todo o mundo. Há a expectativa de que o mercado movimente mais de US$ 1,5 bilhões em 2024. Embora ainda seja predominantemente masculino, o segmento de iGaming tem visto as mulheres ganharem espaço.
A presença feminina em eSports não fica restrita apenas à torcida nas principais competições. Elas também estão nas disputas de eventos de iGaming, contribuindo para o crescimento do mercado de aposta eSports.
E este é um tema Se você deseja apostar em esportes eletrônicos ou apenas tem curiosidade sobre esse mundo, continue conosco. Aqui, vamos abordar como a presença feminina tem se consolidado e amenizado a defasagem em relação às mulheres inseridas nas grandes competições de eSports.
O crescimento da presença feminina no segmento de iGaming
Apesar de o universo de eSports ainda ter predominância masculina, com mais equipes e competições envolvendo homens, as mulheres têm ganho espaço no segmento iGaming nos últimos anos.
De acordo com a Pesquisa Game Brasil, mais da metade dos gamers brasileiros são mulheres. A missão delas passa por romper o machismo e mostrar a força feminina nos jogos eletrônicos.
Somente em 2021, seis anos depois de sua criação, o torneio internacional de LoL, Mid Season Invitational (MSI), teve a participação de uma mulher: a jogadora australiana a jogadora Diana “DSN” Nguyen.
Para superar esse cenário e tornar o segmento de iGaming mais inclusivo, foram criados coletivos femininos, que impulsionam a presença de garotas em competições.
Coletivos femininos de eSports
Sakura eSports
A Sakuras eSports é uma organização com a intenção de ampliar a representatividade feminina no cenário dos esportes eletrônicos, promovendo uma plataforma para competidoras e criadoras de conteúdo.
Além de campeonatos femininos, há a divulgação de streamings e conteúdo produzido por mulheres.
Projeto Valkirias
O Projeto Valkirias foi criado por Pamela Mosquer, streamer e atual talent manager da Vivo Keyd, para treinar e preparar mulheres de forma gratuita para as competições de eSports. Nas duas primeiras semanas do projeto, iniciado em agosto de 2020, mais de 300 jogadoras se inscreveram para serem treinadas pelas Valkirias.
Junto com o projeto, surgiu o torneio Valkirias, de PUBG Mobile, um dos principais campeonatos femininos de esportes eletrônicos no Brasil.
Campeonatos femininos de eSports
Os campeonatos femininos de eSports no Brasil foram impulsionados nos últimos anos, com aumento de premiações. Alguns exemplos são:
- Circuito Feminino de R6: organizado pela Ubisoft Brasil, o Circuito Feminino 2021 de Rainbow Six Siege teve premiação recorde de R$ 300 mil.
- Valkirias: o torneio Valkirias, organizado pelo PUBG Mobile, é uma competição exclusivamente feminina e que teve premiação total de R$ 48 mil em 2021.
- Valorant Game Changers: o projeto da Riot Games foi lançado no Brasil com a promessa de 20 campeonatos femininos de Valorant ao longo de 2021 e R$ 460 mil em premiações, divididas em torneios independentes, qualificatórias abertas e eventos principais do Game Changers.
Mulheres que se destacam no segmento iGaming
Com o aumento das competições, mais mulheres têm conseguido lucrar no mundo dos esportes eletrônicos.
A canadense Sasha “Scarlett” ganhou aproximadamente US$ 400 mil em prêmios durante sua carreira de StarCraft 2. Os dados são do site Esports Earnings.
Já a chinesa Xiao Meng “Liooon”, atleta de Hearthstone, faturou US$ 240 mil.
Entre as brasileiras, destaque para Gabriela “GaBi” Maldonado, jogadora de Counter-Strike: Global Offensive (CS:GO). Em toda sua carreira, ela já atingiu o valor total de US$ 13,5 mil.
Infelizmente, apesar do crescimento feminino, os valores das mulheres ainda estão distantes dos acumulados pelos homens. Um exemplo dessa defasagem é o dinamarquês Johan “N0tail”, jogador de Dota 2, que já ganhou cerca de US$ 7 milhões.
Isso mostra como a luta por inclusão é contínua para as mulheres no segmento de iGaming. E, aos poucos, elas conquistam seu espaço.