O caso do Estrangulador de Boston foi um que movimentou a cidade de Boston, no Estado de Massachusetts nos EUA nos anos 60. Mais de 13 mulheres foram assassinadas e a repercussão do caso na mídia foi intensa por conta da investigação de duas jornalistas que cobriram o caso e tinham mais pistas, e informações, que a polícia da época não tinha.
O longa que chega no Star+ no dia 17, é estrelado pelas atrizes Keira Knightley e Carrie Coon, onde a história desse assassino em série, numa época onde a palavra serial killer nem tivesse sido inventada, é contada através dos olhos dessas personagens.
Com direção e roteiro de Matt Ruskin, o filme conta a história de Loretta McLaughlin (Knightly), a primeira jornalista que conectou os casos de assassinato e mostrou o envolvimento do serial killer americano chamado de estrangulador de Boston.
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Loretta e Jean Cole (Carrie Coon), sua colega de profissão, precisaram enfrentar todo o sexismo no começo dos anos 60 enquanto tentavam reportar a história e informar as mulheres, e as pessoas, da cidade.
O Star+ convidou o ArrobaNerd para participar de um evento virtual com o time do filme, e o diretor Matt Ruskin comenta um pouco sobre seu envolvimento no projeto e outras curiosidades.
Qual era o seu conhecimento prévio sobre o caso do Estrangulador de Boston? E o que te atraiu para o projeto?
Matt Ruskin: Eu cresci em Boston e sempre tinha ouvido falar sobre o Estrangulador de Boston, mas eu nunca soube muito do caso. Então alguns anos mais tarde, eu comecei a ler tudo que poderia encontrar e descobri essa incrível, cheia de camadas, história de assassinatos que era cheia de revelações e reviravoltas. E, de muitas formas, contava uma história sobre a História da cidade naquela época. E eu fui pego completamente de supresa pelo caso.
Então eu descobri sobre essas jornalistas, Loretta McLaughlin e Jean Cole, e descobri que elas foram as primeiras jornalistas que conectaram os assassinatos. E que foram elas que deram o nome de Estrangulador de Boston para ele durante os momentos que cobriam essas reportagens.
Eu acho que foi uma forma muito interessante de revisitar o caso. Então quando eu comecei, eu fiquei completamente obcecado pelas histórias de Loretta e Jean, mas existiam poucas informações sobre elas que eu poderia encontrar.
Então eu li o obituário de Jean e lá estava mencionado que ela teve duas filhas. Eu procurei por elas, e uma delas tinha um perfil no Facebook, eu entrei nesse perfil e tinha uma foto. Na foto, ela estava abraçada com uma antiga amiga minha.
Eu liguei para ela e falei: Oi, de onde você conhece essa mulher?
E ela me explicou que aquela mulher era a mãe dela e que Jean Cole era sua avô e alguém que ela admirava muito antes de falecer. Ela me apresentou para as famílias. E quanto mais eu descobria sobre essas mulheres, e sobre essas jornalistas, mais eu passei a admirar-lá e se tornou muito fácil querer contar suas histórias.
Ao longo do filme, nunca vemos direito o rosto do assassino em O Estrangulador de Boston. Qual o motivo dessa escolha narrativa?
Matt Ruskin: Bem, uma das grandes partes do filme é sobre identidade e quem é esse assassino ou assassinos, então era muito importante deixar isso desconhecido, nessa zona cinzenta.
E eu acho que também, parecia muito mais forte não mostrar a violência de uma forma que fosse gratuita, tipo ter cenas violentas… e muitos dos ataques acontecem fora das cenas pela mesma maneira. Eu acho que é muito mais interessante para mim fazer um filme sobre a perspectiva de Loretta e Jean, do que realmente, contar essa história que todos nós já vimos da perspectiva do próprio assassino ou, você sabe, aquele tipo de história de detetive que a coisa esquenta.
Eu senti que dessa forma era uma maneira realmente valiosa de revisitar essa série de eventos horríveis.
Como vocês decidiram ou não colocar os personagens com o famoso sotaque de Boston. Poderia comentar sobre a situação?
Matt Ruskin: Eu acho que muito dos motivos que eu queria filmar na cidade de Boston mesmo era para termos a possibilidade de usar pessoas de lá.
Existe um mundo de teatro extraordinário e um cenário cultural em Boston cheio de artistas locais talentos. Então foi muito legal trabalhar com eles, e deixar as pessoas usarem suas vozes, que para eles não são sotaque. E eu vou dizer que é uma coisa geracional sabe?
Os pais de Loretta vieram da Irlanda, e ela cresceu numa casa que não tinha ninguém com sotaque de Boston. Eles também estavam tentando entender tudo aquilo.
Completam o elenco David Dastmalchian, Morgan Spector e Bill Camp.
Assista o trailer abaixo.
O Estrangulador de Boston chega em 17 de março no Star+.