quarta-feira, 18 dezembro, 2024
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Sony aposta em 3 novos filmes do Universo do Homem-Aranha em 2024 e novamente sem o Homem-Aranha

Se a Marvel Studios da Disney e a DC da Warner Bros. finalizaram 2023 com seu time de super-heróis cansados e prontos para pedirem para entrarem no banco de reservas, 2024 não parece ser muito promissor para os dois estúdios.

E quem diria para a Sony Pictures que, desde de 2018, lança um filme dentro do chamado Universo do Homem-Aranha, aqueles sobre os vilões dos quadrinhos do Homem-Aranha e que curiosamente não tem o Amigão da Vizinhança neles, e que continua a embarcar nesse trem.

Venom foi uma aposta arriscada na época, mas que rendeu quase 1 bilhão de dólares em bilheteria (o longa fez US$ 850 milhões mundiais). Foi uma boa jogada, uma digamos que engraçadinha, do tipo “Olha ela aí, a Sony que doidinha usando os personagens adjacentes do Universo da Marvel para contar histórias desses anti-heróis e nunca usar a figura principal.” Foi fofo, até que não foi mais.

Afinal, dentro do bilionário, fazedor de carreiras, Universo Cinematográfico da Marvel Studios dentro da Disney, somente o Homem-Aranha tem entrada VIP, onde, por enquanto, o produtor Kevin Feige jamais deixaria Amy Pascal (e os outros produtores da Sony) brincarem com seus brinquedos caríssimos. E correto ele.

Dakota Johnson em cena de Madame Teia.
Foto: Sony Pictures. All Rights Reserved.

Tirando o sucesso monstruoso de Homem-Aranha No Aranhaverso (ganhou o Oscar de Melhor Animação em 2019), e da sequência lançada em 2023 que também fez bastante dinheiro depois que Miles Morales foi abraçado, não nos cinemas, mas sim no streaming, quando ganhou popularidade graças a Netflix (que depois se tornou parceria do estúdio para os lançamentos pós cinemas e pós digital), fica claro que não devemos colocar a joia que é a franquia Aranhaverso nesse bolo.

Afinal, são coisas extremamente diferentes. E isso ficou claro depois que uma sequência de Venom foi aprovada, gravada e lançada. Venom: Tempo de Carnificina chegou aos cinemas em 2021, mas não mostrou para que veio e não conseguiu repetir os números do primeiro filme. Talvez, as pessoas tenham caído no senso, somado com o fator da pandemia, e Venom 2 mostrou que o tom humorado de Tom Hardy para o personagem não colou muito bem.

O longa não repetiu o sucesso, mesmo que a Sony tenha usado o hype de Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa (que compartilha com a Disney) para se criar um momento para o filme e apostar numa cena pós-crédito que nunca foi para lugar nenhum. Mas, mesmo assim, tivemos um 3º filme aprovado.

Aaron Taylor-Johnson em cena de Kraven – O Caçador.
Foto: Sony Pictures. All Rights Reserved.

E saindo do tópico Venom, como não lembrar lá de 2022 que tivemos o desastroso Morbius (que realmente não foi assim tão ruim, mas é um filme que claramente deve ter passado por diversas mãos e ideias que não funcionaram) com Jared Leto? Mas também era uma coisa de se esperar, afinal, a Sony parece trabalhar com esses projetos sem muito se preocupar em conectar todos esses vilões, anti-heróis, com o Universo principal onde a figura do Homem-Aranha, seja de Tom Holland, seja das outras encarnações do passado.

Assim, o estúdio tem apostado nessas aventuras isoladas na tentativa de capitalizar um trocado (e conseguiu, afinal os longas não tem orçamentos monumentais igual da colega rica Disney) enquanto a trilogia de Tom Holland se encarrava e a expectativa para um quarto filme é alimentada pelos fãs. Afinal, todo mundo quer o prato principal e não o pão que vem antes, certo?

E no meio de o que a imprensa americana tem chamado de fadiga de filmes de super-herói, 2024 chegou e a Sony Pictures tem na grade 3 filmes para lançar no ano de aventuras no Universo do Homem-Aranha, sem o Homem-Aranha. Boa sorte para todos nós. Afinal, a Disney que lançava pelo menos 3 ao ano, agora só tem Deadpool 3 e a DC que lançou todos os seus últimos filmes nos últimos meses e se prepara para o re-lançamento do selo lá em 2025 com Superman: Legacy e tem apenas, o adjacente, mas vencedor do Oscar e com o trem Lady Gaga, Coringa 2.

Seriam esses três filmes boas apostas ou apenas os 3 novos cavaleiros do apocalipse? O primeiro longa deles é Madame Teia estrelado por Dakota Johnson. É uma personagem importante nos quadrinhos da Marvel, e na história do Homem-Aranha, mas tudo cercado desse filme me parece ser que alguém vendeu gato por lebre para todo mundo envolvido.

Seja para a diretora S.J. Clarkson, seja Johnson, seja as colegas de elenco como Sydney Sweeney que está em alta em Hollywood, Isabela Merced (que até já deve ter percebido a enrascada e já foi para DC) e etc. Johnson por exemplo vem para o Brasil, mas tem sido blindada para a imprensa. Seu ar despojado e “falo na lata” é o seu principal triunfo, o terror dos PR. Fora a fan-base online que é massiva.

A situação entre o estúdio e a atriz não parece estar mil maravilhas. Johnson passou pelo programa humorístico Saturday Night Live, onde ela foi a apresentadora na semana anterior, e ela mesmo tirou sarro do longa durante seu monólogo chamando Madame Teia de “é como se uma inteligência artificial tivesse gerado um filme perfeito para seu namorado”.

Colocar o filme no dia dos Namorados é uma estratégia muito curiosa, afinal, claramente “os namorados” não são o público alvo de Madame Teia. Sinto que algum executivo viu os números de bilheteria de As Marvels em Novembro e falou: segure minha cerveja que vamos fazer alguma coisa pior.

A fofoca em Hollywood é que Johnson teria deixado a agência que a representa, a WME pela CAA, em Novembro, logo após a greve dos atores acabar e o primeiro trailer do longa ter saído. Essa sequência de eventos parece que não foi proposital. A única chance se Madame Teia ganhar algum tipo de sobrevida a má publicidade que tem cercado o filme há meses, é milagrosamente o filme for bom, e se finalmente, o estúdio se mostrar corajoso e conseguir amarrar todas as pontas deixadas por 2 Venoms e Morbius e colocar todos esses personagens apresentados em rota contra o Homem-Aranha.

Tom Hardy em cena de Venom: Tempo de Carnificina.
Foto: Sony Pictures. All Rights Reserved.

Será difícil, afinal, a sinopse de Madame Teia já começa com “Enquanto isso, em outro universo…” E isso só é a ponta do iceberg que se aproxima para nós, para o estúdio, para o público casual que vai aos cinemas. O estúdio ainda tem Kraven – O Caçador em Agosto e Venom 3 em Novembro.

O primeiro tá sendo sustentado pela população LGBT nas redes sociais e jovens descontroladas no TikTok sedentas por qualquer imagem de Aaron Taylor-Johnson sem camisa e obcecadas em falar da vida pessoal do ator. O trailer lançado no ano passado prometeu bastante violência, sangue, porradaria, mas parece ainda ser uma história isolada ali, sem muito ter o que oferecer. Tadinha da Ariana DeBose que foi gastar seu capital em Hollywood, que conquistou pós-Oscar, nisso.

Mas Agosto está aí, e se Madame Teia, deve esse tipo de divulgação maior, mesmo que tardia, imagino que poderemos ter com o filme do Kraven. E claro que três é demais. Afinal, o ano só termina quando ele terminar.

E acho que só se Tom Holland aparecer em Venom 3, e com ainda bastante boa vontade, vai dar para esperar alguma coisa interessante do terceiro longa. Vamos ver até onde o carisma de Tom Hardy vai nos levar.

Não consigo prever o futuro igual a Madame Teia, mas digo que o futuro, e os próximos meses no mundinho do Universo da Sony do Homem-Aranha, não parecem serem muito promissores. Mas também acho que nunca foram? Pelo menos o filme do El Muerto parece estar bem “muerto”. Sorte do Bad Bunny.


Miguel Morales
Miguel Moraleshttp://www.arrobanerd.com.br
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