Homeland coloca em evidência o poder das “fake news” e como as atitudes humanas podem prevalecer sobre as maldades que alguns querem colocar em cima dos outros. Dois episódios intensos para os personagens, com conclusões que colocam a série em um caminho de briga interna intensa e Saul já começa a enxergar muito disso.
Neste 7º ano a guerra dos Estados Unidos não será contra os eventuais “inimigo externos”, mas sim contra um regime que o mesmo criou dentro de suas próprias fronteiras e que pode sair do controle a qualquer instante. Uma guerra civil despropositada e completamente descontrolada.
ALERTA DE SPOILER: Este artigo contém informações sobre os principais acontecimentos do episódio. Continue a ler por sua conta e risco.
Saul faz de tudo para que O’Keefe se entregasse e a comunidade onde ele se escondia saísse ilesa de suas ações, mas eles já estavam descontrolados e é a pedido da presidente que Saul consegue contornar um problema: um adolescente leva um tiro de um agente do FBI e o mesmo é levado como refém. Ele consegue tratamento para o garoto, mas o agente é mantido.
Tudo fica ainda pior quando um homem invade o hospital e planta uma notícia falsa de que o garoto morreu, levando os homens da comunidade a ficarem insanos e matarem o agente. Na briga entre FBI e a comunidade, muitos homens mortos e a sensação de terror se espalhando pelo país, e nessa O’Keefe é preso cheio de culpa.
A série então começa a trabalhar com Elizabeth que busca maneiras de unir novamente o povo e evitar o pior, e a seu pedido a esposa de um dos agentes mortos vai a missa onde a esposa de um homem da comunidade está. Ali vemos a esperança em duas mulheres destruídas por conta do orgulho, do horror e do medo, mas unidades na fé. Achei linda a forma como construíram toda a cena da igreja, com os parentes gritando com a esposa do agente e a esposa do homem da comunidade indo pegá-la peal mão e a colocando ao seu lado no banco da igreja.
Saul teve uma importância enorme, bateu de frente e começa a entender sobre a guerra interna que está instaurada no governo, enquanto Wellington começa a se queimar com Elizabeth, que descobre que ele mandou atacarem o comboio na Síria usando seu nome.
Enquanto isso, a relação de Carrie e Maggie fica cada vez mais intensa e cheia de desconfianças, mas a agente, junto de Dante, Max e todos os colegas possíveis, começam a chegar a algum ponto sobre Simone, a mulher que está ao lado de Wellington. Os momentos de investigação são sensacionais, a forma como seguem a mulher, interceptam Uber, colocam escutas em sua bolsa. Tudo é bem meticuloso e exposto em cena, mas é a forma como Carrie e Max mentem que fica melhor.
Os dois não podem comentar sobre as escutas na casa de Wellington e acabam sozinhos na investigação no final das contas.
Homeland segue instigante e a série tem a seu favor essas mudanças que os produtores acabam jogando em cima da mesa e com um elenco mais do que competente, acabam entregando temporadas excelentes. Claire Danes e Mandy Patinkin são excelentes!