Amanhã (4) é dia de Star Wars e o Disney+ lança uma nova série animada da franquia chamada The Bad Batch.
O seriado se passa depois dos eventos vistos em Star Wars: A Guerra dos Clones, que durou 7 temporadas, e acompanha um time de soldados de elite clones conhecidos como Bad Batch que precisam encontrar seu caminho em uma galáxia em mudança depois das guerras clônicas.
Conheça os personagens da série animada The Bad Batch que chega no Dia de Star Wars no Disney+
E em bate-papo com o ArrobaNerd, e outros jornalistas ao redor do mundo, o time de produção formado por Dee Bradley Baker, que dá voz para os personagens, Brad Rau que comandou os episódios e atuou na produção executiva, e Jennifer Corbett, a chefe dos roteiristas e produtora da série, comentou um pouco sobre o que esperar da série, detalhes da produção, e claro seus personagens preferidos.
O roteirista e produtor Dave Filoni trabalhou nas séries Star Wars: A Guerra dos Clones e The Mandalorian também atua como produtor executivo de The Bad Batch. E uma das perguntas para a dupla de produtores, Rau e Cobertt, foi de como foi para eles, trabalhar com Filoni e fazer essa nova produção animada Star Wars com os personagens que foram criados e vistos primeiramente na série que terminou sua trajetória no Disney+ recentemente.
Cobertt comenta: “Eu pude trabalhar com Dave em Star Wars: A Resistência [uma outra série animada Star Wars que durou 2 temporadas] e foi uma experiência maravilhosa. E ter a chance de desenvolver a série com ele … sabe… é tipo ter uma master class em como escrever Star Wars…. e com esse projeto que acaba por um ser uma sequência para Star Wars: A Guerra dos Clones foi meio que crucial que ele acabasse envolvido no processo. Porque são os personagens que ele criou, o mundo que ele conhece, e então todo dia, em todo roteiro, foi uma experiência de aprendizado. Foi super empolgante ver esse seriado crescer e se desenvolver pelas mãos desse time. E foi incrível aprender com ele.”
Já para Rau, ele diz que: “Eu conheço Dave por um bom tempo. Quando ele estava para começar com Star Wars: A Guerra dos Clones eu acabei por o conhecer no Rancho Skywalker [uma fazenda de George Lucas que serve como um ponto de encontro para a LucasFilm] e eu tinha acabado de criar um estúdio de animação. Então eu não pude participar de Star Wars: A Guerra dos Clones. Foi um dos meus arrependimentos, mas que eu consegui concertar mais tarde em Star Wars Rebels (outra série animada que durou apenas 1 temporada) para entrar como diretor em um dos episódios, e depois em Star Wars: A Resistência. E ele é um cara incrível, um bom amigo. Você sabe, eu não poderia pensar em um mentor melhor. Especialmente para Star Wars.”
Ele finaliza e é só elogios: “E sim, apenas colaborar com ele e ser capaz de trabalhar com você, Jen, tão de perto neste show tem sido incrível. Isso é foi um sonho tornado realidade.”
E como falamos, a série animada se passa no final das Guerras Clônicas e quando Darth Sidious ordena a execução da Ordem 66, na qual os clones do Exército da República se viram contra os Jedi, e o que nos leva à exterminação da Ordem Jedi na linha do tempo de Star Wars como uma grande franquia. Assim, a série animada The Bad Batch se passa logo depois de Star Wars: A Guerra dos Clones encontra entre a queda da República que começa a se transformar no Império, ou seja entre os filmes Star Wars: O Ataque dos Clones e Star Wars A Vingança dos Sith.
E Cobertt comenta um pouco sobre o que esperar da série durante esse período e os desafios que esse time de clones vai enfrentar ao longo dos episódios [sem spoilers]. A roteirista diz: “Hum, quero dizer, este período de tempo é uma das razões pelas quais fiquei tão animada com esta série, além deste você sabe, grupo estranho de personagens.”
Ele diz que ficou interessada na fase de transição e o que esses clones farão agora que toda a galáxia está em um ritmo de transformação e que em sua visão esse período é “intrigante e envolvente”.
Ela comenta que para a série a questão a ser debatida é:
“O que acontece depois que a guerra [clônica] acabou? O que acontece com os clones em que tudo que sabem, hum, é apenas serem soldados? ” Especialmente para os Bad Batch que fazem as coisas de uma forma diferente dos outros soldados clones quando estávamos na República e agora como eles se encaixam assim que o Império começa a se formar? Porque, obviamente, [temos] dois regimes muito diferentes (…) como eles reagem a este novo ambiente e a nova maneira de fazer as coisas e uma nova maneira de seguiras regras? Que não é uma coisa que eles gostam de seguir. “
Ainda sobre esse momento importante de transição de regime que a série vai explorar, Cobett continua um pouco mais sobre em qual contexto vamos acompanhar esses personagens na série spin-off. Ela diz: “foi interessante termos esse tipo de conversa sobre a transição da República para o Império, pois afinal, não é nada que vimos na trilogia original, que temos o total domínio do Império. Aqui estamos nos estágios iniciais, eu achei interessante mostrar planetas e lugares que ficaram felizes que a guerra tivesse acabado mas eles não entendem realmente as implicações do que o Império realmente significa. E apenas vai pavimentar o caminho para mostrar o que todos nós sabemos e o que será o Império.”
E sobre a série de maneira geral, Brad comentou que The Bad Batch é como se fosse a sequência espiritual de The Clone Wars e que muita gente que trabalhou na produção da primeira animação trabalhou nessa nova série. “Do jeito que foi criada é muito do legado de The Clone Wars, mas com mais detalhes visuais e mais focadas.”
E Baker comenta que esse é um ponto muito interessante para a série de maneira geral e como os Bad Batch vão lidar com essa troca na estrutura de poder na galáxia. Como falado, o time de clones são mais rebeldes e não aceitam bem lidar com as ordens. O ator que empresta sua voz para os todos os personagens afirma: “Essa transição chocante e repentina da República para o Império transforma a estrutura de poder na galáxia para uma mais baseada em regras. E a unidade dos Bad Batch não é muito fã disso. Eles são um time sim, mas não são como os Clones são onde temos uma estrutura de comando mais rígida e que é de cima para baixo. É muito interessante colocar esses personagens no meio disso, nesse momento de transformação e transição e ver como eles vão se comportar.”
Já Rau completa o que os colegas falaram: “É neste período em que, como fã, estou tão animado para ver, porque não vimos muito sobre a ascensão do Império. Então a gente tem esses soldados, os melhores dos melhores, que agora são como peixes fora d’água nessa galáxia que está em mudança, e agora tem essa criança que eles precisam também cuidar e ajudar a criar de uma forma bem parental.”
A personagem que Rau comenta é Omega, uma jovem garota que já aparece no primeiro episódio e que terá um envolvimento com o esquadrão e principalmente cenas com o personagem do clone Hunter. Baker comenta: “Vai ser uma relação super fascinante que vai se desenvolver. O time não é muito aberto a receber novas pessoas, ou até mesmo trabalhar com outras pessoas. Então a relação entre Omega e Hunter será mais uma dinâmica tipo tio/sobrinha ou pai/criança.”
E perguntados se Omega é importante para a história e para a trama de maneira geral, Rau e Cobertt sorriram na chama de zoom que estávamos e responderam: “Sim. É ela importante.”
E Baker diz: “É interessante ver como isso se desenvolve [ao longo dos episódios]. E eu acho que te conecta com a história de uma forma pessoal. Não é só uma história de ação. E Star Wars nunca é. Tem uma história pessoal que se conecta com a história maior.“
Ele completa: “Assim, dá para a ação um pouco mais de textura para ser honesto. Nós explodimos coisas e nos divertimos fazendo isso, mas também temos esse contexto emocional que é um grande desafio, eu acho, para qualquer uma dessas histórias. E para nós eu acho, ajuda que estamos com personagens que são já familiares e mesmo assim não sabemos muito deles. Assim, temos um espaço para brincar e como desenvolver esses personagens.”
E Baker também foi perguntado como ele lida para cuidar, e fazer a voz de cada um personagens, ele empresta sua voz para todos os clones do exército do Bad Batch. Ele diz: “Os Bad Batch são muito diferentes uns dos outros, o que estranhamente torna mais fácil pular de personagem para personagem. Quero dizer, para mim parece que eu tô pulando de uma pedra quente para outra. Eu acho que eu os conheço, o que me ajuda diferenciar esses personagens vocalmente, e também em trabalhar suas personalidades e seus estados de humor.”
“É como um truque de mágica” comenta ele de forma bem humorada. “Eu mudo de personagem para personagem conforme avançamos no roteiro. É basicamente assim que trabalhamos.” . Cobett comentou: “É muito impressionante ver ele [Baker] fazer isso em uma sala [de gravação]. Porque quando começamos eu achei que ele iria fazer um personagem por vez. Mas eu fiquei olhando ele falar as linhas com ele mesmo, com todos esses clones de uma vez, mas sem pausa nenhuma. Ele foi de uma vez.“
Ao serem perguntados quais seus personagens favoritos. Rau comentou que não saberia escolher apenas um que é como se ele tivesse que escolher entre um filho favorito. Já Baker comentou: “É muito divertido ser o Wrecker, ele é muito sincero e engraçado. Eu tenho um afeto por todos eles. São todos muito interessantes…” E Colbett comentou que agora nesse momento ela tem um carinho maior por Tech.
A série acompanha um grupo de elite de clones da Bad Batch na medida que eles precisam encontrar seu caminho em uma galáxia em mudança depois das guerras clônicas. Os membros da Bad Batch são descritos como um esquadrão único de clones por serem diferentes de seus irmãos no exército de Clones, em que cada um deles possuem habilidades excepcionais, onde eles irão partir para missões enquanto buscam novos propósitos.
Bras Rau será o diretor dos episódios e Jennifer Corbett será a chefe dos roteiristas.
Dave Filoni que trabalhou nas séries Clone Wars e The Mandalorian atua como produtor executivo.
Star Wars: The Bad Batch estreia dia 4 de maio, no Disney+.