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“Tínhamos muitas possibilidades aqui e não eram possibilidades que assustavam… pelo ao contrário estava tudo bem definido [pelo roteiro]” dizem os atores de Passagrana em entrevista

Em Passagrana, acompanhamos a história de quatro amigos que estão cansados de sobreviver aplicando pequenos golpes e correndo da polícia.

Até que Zoinhu (Wesley Guimarães), Linguinha (Juan Queiroz), Mãodelo (Elzio Vieira) e Alãodelom (Wenry Bueno) se deparam com um roubo que pode tirá-los finalmente da rua e da pindaíba. O problema? Policiais corruptos na cola deles e uma prensa que os fazem temerem por suas vidas.

Eles só tem uma opção. Se aventurar em bolar e realizar um grande assalto a banco. Sabe um daqueles dignos das grandes produções do gênero que sempre vemos nas telas de cinema? Pois, mais um assalto meio que de mentirinha. Então, é câmera, luz e ação! Onde eles bolam audições para esse projeto falso, em que eles fingem que estão recrutando atores para esse tal filme. Mas eles vão é usar essa galera para realmente roubarem o banco, essas pessoas apenas vão estar lá para despistar.

E as audições são apenas o ponto de partida para um plano para lá de cinematográfico em que tudo pode dar errado. Mas e se der certo?

Em bate-papo com o site, os atores Wesley Guimarães, Juan Queiroz e Wenry Bueno comentam sobre os bastidores do longa, como foi trabalhar nesse filme de assalto brasileiro, e ainda personagens da Disney que eles gostariam que seus personagens trabalhassem no futuro.

Confira tudo que descobrimos sobre a produção de Passagrana.

Juan Queiroz, Elzio Vieira, Wesley Guimarães e Wenry Bueno em cena de Passagrana. Foto: Star Original Productions

A história de Passagrana chega a até ser surprendente e diferente do já vimos por aí. O que chamou de atenção de vocês quando receberam o roteiro e o que mais surpreendeu quando vocês leram o roteiro do longa?

Wesley Guimarães: Cara, eu geralmente quando eu pego um roteiro, faço uma coisa que os roteiristas não gostam muito, né? Eu grifo nome do meu personagem e vou olhando as minhas cenas, ali pra entender o ritmo, nem o ritmo, mas é para entender mesmo assim a história do cara. Depois eu vou lá e leio o roteiro completo. Mas com esse filme foi ao contrário. Eu não consegui fazer isso. Por que era muito bom.

Comecei a ler e eu fui me envolvendo com a história e o que mais me chamou atenção de início foi a ousadia sabe? Me bateu com uma parada assim muito nova, muito ousada, muito desafiadora. E para mim, pro trabalho como ator assim, foi uma coisa que eu pensei. Nossa com esse trabalho aqui eu vou ter uma oportunidade de fazer coisas maravilhosas, porque é um personagem que se faz de outros personagens, que imita outros personagens. Primeiro a cena dele, ele nem é ele, ele é outro cara que tá ali conversando [com outro personagem interpretado por Ravel Cabral, diretor do longa].

Para mim, foi oportunidade de fazer uma um trabalho bem diferente de muita coisa que eu já tinha feito na minha carreira, sabe dos meus personagens assim diferente de tudo que eu já fiz passar partindo da ideia, do roteiro, da construção do personagem e tudo mais.

Wenry Bueno: Acho que é isso, a primeira coisa que eu que eu, logo de cara, assim o que me chamou muita atenção foi a coisa do tempo. Do tempo [do filme], do ritmo que esse texto tinha. Foi uma coisa que eu li, e assim eu comecei a ler, e eu não conseguia parar também. Eu queria saber o que que ia acontecer. Eu fiquei muito envolvido com a história e eu pensei assim: “Nossa, esses quatro caras, eles têm que exalar essa coisa de pô, a gente desde pequenininho, eles cresceram juntos assim sabe?” É uma irmandade aquela coisa de de de irmãos mesmo, de tamo junto até o fim!

E sobre ter esse organismo funcionando, né? Porque é o eixo da coisa ali, né? Não é, sobre um [deles], é sobre os quatro, né que basicamente constrói tipo um personagem assim, né? Uma única mente assim. E esse ritmo, esse timing, esse bate-bola de cena, de conexão que eles precisavam ter assim de se olhar, e apenas se olhar, e já sacar o que o outro tá pensando e vamos por aqui, vamos por ali sem sem explicar muita coisa assim entre eles, sabe?

E isso aconteceu com a gente de uma maneira muito muito profunda, assim muito pela pela preparação que tivemos. Ficamos todos em um hotel, e vivemos lá durante um bom tempo naquele hotel, e cada um no seu quarto, mas usando o quarto do Wesley como base, onde a gente ia lá todos os dias, todos os dias mesmo. Às vezes, até depois da gravação, né? Estávamos podres de cansados e íamos para a base e a gente ficava lá de boa.

A gente não conversava, não era uma coisa de vamos estudar, a gente já tava cansado, e aí era cada um, do seu jeito, tipo deitado no sofá, uma musiquinha rolando, e a troca, a simbiose acontecendo. Então meio que chegou num ponto, que estávamos tão envolvidos que a gente não precisava, tipo era aquele amigo que não há necessidade de você ficar conversando a todo tempo. Você já tá al, você tá existindo, você tá junto. Já diz muito sabe? E eu acho que a gente conseguiu chegar nesse lugar de uma maneira muito muito orgânica, assim muito verdadeira e que segue aí né? Para fora do filme também, né?

Juan Queiroz: É eu também tive isso de pegar o roteiro, e não conseguir só passar o olho, sabe? Eu tive que sentar, e ler, por que ele é divertido, entendeu? É é gostoso, é? É prazeiroso de acompanhar, o ritmo, as gags que tão no roteiro tão muito bem colocadas.

É um filme muito musical, musical eu dig por que tem um ritmo muito específico… então realmente essa foi a sensação. Primeiro, eu fique muito fezliz, por que eu sabia que eu tava envolvido num projeto de um filme estiloso, e essa é a palavra, eu acho o filme estiloso.

O filme faz um acordo com você, Fala assim irmão. Senta aí, tu vai ter um vai ter um entretenimento. Tá ligado? Tu vai se divertir agora e isso tá no roteiro. Então a gente já foi com, e eu, pelo menos já fui com essa ideia. Tipo assim velho, isso aqui é estilo sabe esses caras aqui, a galera vai querer tipo, Eles são maneiros, né? Tipo? Nossa, eu queria fazer esse grupo sabe? Eu posso? Eu já li com essa sensação.

E isso que o Wesley falou, de fazermos um personagem [que interpreta outros personagens] já que primeiro é diferente você fazer um fazer um golpista, é uma coisa muito específica, porque você já sabe que você está escondendo alguma coisa dos outros personagens, entendeu? Então isso tá um pouco para além do jogo. Você já se sente um pouco mais [a malemolência]. E aí você faz um personagem que é golpista e que interpreta outro personagem é.

Nossa, eu me lembro das das noites, que, às vezes, eu ficava com insônia, aí era 3 horas da manhã, tipo 2:25 da manhã, e eu acendi a luz e quando ele tava a treinar um sotaque, porque tem um determinado momento que ele pode usar um sotaque aí eu começava, a falar com a língua assim, por que se eu falar desse jeito, se eu me posicionar assim e se eu estufar a barriga para esse golpe sabe?

É muita possibilidade para a gente e são possibilidades que não assustam, muito pelo contrário, Como tava tudo muito bem definido e estávamos muito bem amparados em questão de direção, de preparação, estávamos confortáveis para se jogar nesse processo, sabe? Foi muito legal mesmo.

Caco Ciocler em cena de Passagrana. Foto: Star Original Productions

E pelo visto esse clima de camaradagem no set transpareceu para o filme….

Wenry Bueno: E foi legal que tivemos esse campo [essa abertura da direção].

Wesley Guimarães: É nesse filme a gente só se divertiu mesmo. Eu digo por que eu venho de personagens que eu tava manipulando energias muito densas… Eu vinha de uns personagem que era chorando o tempo inteiro no set, era lidando os personagens muito pesado assim sabe? Que eu sofria mesmo para fazer certas, acertar as cenas para viver certas situações e nesse filme não. Sei lá, teve um dia de cena tensa, teve uma diáriazinha ali, teve uma cena mais tensa, teve um diária ali com cenas com o vilão [interpretado por Caco Ciocler], a briga com o vilão. Foi uma coisinha ou outra, mas a maior parte do tempo vivemos essa história.

Nos divertimos, foi um trabalho onde brincamos e esse é barato do trabalho que temos. Pegamos um personagem que aqui ele interpreta um personagem. É esse lugar a diversão, de possibilidade de trabalhar, é tudo que queremos, queremos trabalhar, então eu considero, acredito que os meus companheiros também, que [Passagrana] foi um grande presente fazer parte desse projeto.

Juan Queiroz: Foi falar de um momento aqui [muito bacana de bastidores]. Foi um momento que estávamos na base. Como falaram ai, a base era o apartamento do Wesley. E a Gigi, a Giovana Grigio tava andando loucamente para frente e para trás como ela sempre faz: “Amigos tenho uma coisa muito série para falar para vocês. Por que a vida é uma coisa séria para vocês. Eu tenho a sensação que estamos no topo da roda gigante, e agora estamos nos divertindo muito e estamos nos sentido muito feliz. Eu tenho medo de quando estivermos embaixo por que eu vou ter referência desses momentos. E foi para mim isso, vivemos o momento das nossas vidas ao fazer esse filme. Foi uma coisa muito, muito divertida.

Wenry Bueno: E é difícil isso acontecer de termos essa liberdade tão grande de fazermos isso. E vamos levar isso para a vida e vamos ter essa campo aberto para nós e também quero agradecer a Intro de dar esse espaço para gente, de podermos brincar, e de comprar nossas ideias. E isso passa no filme. E acho que tem muito do mérito.

E pegando o gancho no que vocês falaram. Tem algum personagem da Disney já que o filme será lançado nos cinemas pelo estúdio que vocês acham que seriam uma boa aquisição para o grupo dos rapazes de Passagrana?

Juan Queiroz: Claro que o Timão e o Pumba!

Wesley Guimarães: O Pumba claro!!!

Wenry Bueno: Timão e o Pumba, claro! Eu acho que o Pumba seria o mascote do Alãodelom!

Juan Queiroz: Timão e Pumba seriam os mais bravos para integrar esse grupo.

Wenry Bueno: Seria genial, cara!

Wesley Guimarães: Imagina o Deadpool ajudando no próximo golpe!!

O filme ainda conta com nomes como Irene Ravache, Caco Ciocler, Giovanna Grigio, Carol Castro, Marco Luque, Luciana Paes e Leandro Ramos.

Ravel Cabral cuida da direção e do roteiro. O longa é uma produção da INTRO Pictures, em coprodução da Star Original Productions e distribuição da Star Distribution.

Confira o filme.

Passagrana chega em 19 de setembro nos cinemas nacionais.


Miguel Morales
Miguel Moraleshttp://www.arrobanerd.com.br
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