quinta-feira, 21 novembro, 2024
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Dragon Quest: The Adventure of Dai | Crítica: Toei capricha e traz último arco inteiro da animação clássica de Fly

Quando Dragon Quest: Dai no Daibouken, ou The Adventure of Dai, foi anunciado, os brasileiros entraram em frisson: foram vários canais de comunicação dando ênfase à nova série e Youtubers falando sobre a franquia. Não é pra menos. Considerado um anime muito querido das manhã do SBT nos anos 90 conhecido como Fly: O Pequeno Guerreiro, o remake chamou atenção com a pompa que foi apresentado.

Agora, na última semana, chegou ao fim a Saga de Freezard, que no mangá compreende o capítulo 71, o que significa que a Toei entregou o último arco completo da história, comparado com série clássica, tendo em vista que ela animou somente 1/3 da Saga de Baran. Agora cabe ao anime continuar fazendo sucesso para que ganhe seu merecido final na telinha.

Dragon Quest: The Adventure of Dai | Primeiras Impressões: Um pouco de novidade e muito de nostalgia

Só para efeito de comparação, a nova animação alcançou a antiga em pouquíssimos episódios. Atualmente, Dragon Quest possui 20 capítulos, contra 46 da animação clássica: Saga de Hadler (Episódios 1-9), Saga de Crocodinne (Episódios 10-18), Saga de Jenki (Episódios 19-26), Saga de Freezard (Episódios 27-39) e Saga de Baran (Episódios 40-46). Focando totalmente na história do mangá – ou seja, sem filler – a atual versão conquista por trazer uma história mais dinâmica. Contudo, as mudanças não param por aí. 

Mesmo sendo uma narrativa iniciada lá nos anos 80, Dai no Daibouken ainda tem fôlego e mostra que não possui uma história datada. No melhor estilo Shonen, o anime apresenta personagens cativantes, vilões bem construídos e reviravoltas interessantes. A narrativa não perde o ritmo e mantém o espectador grudado na tela. Enquanto na animação dos anos 90 os arcos demoravam de 6 a 8 capítulos para se desenrolar, nessa nova versão tudo é mais rápido, sem deixar de ser fluído, cortando a “barriga” e adicionando agilidade à trama.

Um ponto forte do remake foi a adição do CGI (computação gráfica). Normalmente eu torço no nariz com a adição do recurso em animes, mas em Dragon Quest ficou acima das expectativas, sendo que em muitas ocasiões eles passam despercebidos. nem notamos. Vale menções honrosas às batalhas do primeiro episódio e do protagonista contras os generais. Os animadores presenteiam o público com fotografias insanas e coreografias bem planejadas. Alias, quem merece os parabéns também é a equipe de direção.

Parece que a Toei fez o dever de casa e teve um pouco mais de carinho com nosso pequeno Fly (Dai, no original) e injetou uma verba generosa para que a animação ficasse uniforme e de qualidade. Nada de personagens deformados como vemos em Dragon Ball Super ou cenas muito estáticas da forma que é visto em Digimon Adventure:. Aqui houve uma preocupação séria em oferecer um produto premium (afinal de contas, Dai no Daibouken foi um mangá de enorme sucesso dos anos 90 e a franquia Dragon Quest é idolatrada pelos japoneses. A Toei sabe onde está pisando.

Se você ainda não assistiu a nova série do nosso pequeno guerreiro, termine logo esse artigo e vá para a Crunchyroll e maratone essa obra prima. Os saudosistas ficarão com o pé atrás no início, mas eu garanto que isso passa muito rápido.


André Ricardo
André Ricardo
Fã incondicional de séries e filmes dos anos 80 e 90, mas também dou chances para as produções atuais.

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