O diretor Craig Gillespie ganhou um certo destaque em Hollywood em 2017 após dirigir o longa Eu, Tonya com a atriz Margot Robbie. Logo em seguida Gillespie assumiu o projeto do live-action de uma das vilãs mais temidas, e conhecidas da Disney: a fashionista Cruella DeVil.
No longa que chega esta semana nos cinemas que estiverem abertos e no Disney+ com Premier Access, a personagem é interpretada pela atriz Emma Stone.
Em bate-papo com o Arroba Nerd, e outros jornalistas ao redor do mundo, o diretor comenta sobre suas ideias para o filme, curiosidades de gravação, e claro, um pouco da incrível trilha sonora que o filme tem.
Uma das primeiras perguntas que Craig Gillespie respondeu foi qual foi objetivo principal que o levou a escolher, e comandar um filme um filme sobre uma das personagens mais conhecidas na história da Disney e que é uma das vilãs mais vilanescas de todos os tempos?
Ele respondeu: “Hum os vilões são sempre tão divertidos de trabalhar, porque você tem uma certa licença para fazer coisas que não são assim por dizer apropriadas, e podemos ultrapassar limites e criar esses personagens tão icônicos e maiores que a vida. E para mim, é realmente importante que [o filme] não seja tão preto no branco. Obviamente, sem nenhum trocadilho com o figurino de Cruella. Mas eu queria mostrar essa zona cinzenta e ser capaz de enfatizar com as escolhas que ela toma e as situações que ela acaba por reagir. E eu queria fazer isso de uma forma que fosse muito divertida.
E ao falar do filme, Gillespie começou a falar logo de seu começo, onde Cruella além de ser um filme de origem para a personagem, também mostra um pouco da infância da jovem Estella, antes dela ser a estilista Cruella DeVil. E o diretor comentou um pouco sobre o processo de escalação da personagem de Cruella só que na versão jovem, onde é interpretada pela atriz mirim Tipper Seifert-Cleveland.
Ele diz: diz: “Uh, foi um momento bem formidável em que tentamos procurar e depois achamos uma versão mirim de Emma Stone. Ela é uma atriz cheia de camadas, e ela tem uma força tão grande e um humor tão característico em suas atuações o tempo todo. Então nós fizemos uma busca muito exaustiva em Londres por alguém com essas características.
E Tipper realmente tinha toda essa sagacidade que a gente esperava. Ela tinha esse sentimento desafiador e tinha totalmente uma convicção com aquilo que acredita. E isso é muito importante para uma criança que vivia nos anos 60, onde o sistema não permitia que ela fosse assim. E fico feliz que Tipper conseguiu transmitir isso”.
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Ele comenta que nas cenas do começo do filme, onde vemos a sequência da personagem na escola, a atriz mirim conseguiu mostrar bem o tom de personagem que Cruella seria. Ele afirma “O olhar desafiador dela…Ela faz aquilo com um humor tão grande. É excelente.”
CRUELLA E SUA OBSESSÃO POR DÁLMATAS
Um dos maiores desafios para Gillespie foi trabalhar em como colocar os dálmatas na história de origem de Cruella.
“Obviamente, os cachorros têm uma grande participação em 101 Dálmatas” afirma ele. “Eu queria colocar eles de uma forma mais natural e realista. Nós trabalhamos muito no roteiro, e na forma de como mostrar o papel dos dálmatas no filme, e a relação de Cruella com eles…os dálmatas estão muito entrelaçados com a jornada emocional [da personagem].“
Ele finaliza “E também termos esses cachorros que faziam parte da produção e apenas nos divertimos com eles… e trabalhar essas cenas mais realistas e que é plausível para cachorros estarem. Eles são personagens coadjuvantes de uma certa forma, e tem suas próprias personalidades e preocupações…. Eles têm ótimos momentos.”
SOBRE ESCALAR OS ATORES CERTOS PARA OS PAPÉIS PRINCIPAIS
Gillespie falou também durante o evento muito sobre como o relacionamento de Cruella (Stone) com os capangas Jasper (Joel Fry) e Horace (Paul Walter Hauser) é um dos pontos altos do filme.
O diretor admite: “É o coração do filme. É tipo como se eles fossem a nossa família, os três. E eles interpretam papéis muito diferentes. Eu trabalhei com Paul no filme Eu, Tonya e amei trabalhar de novo com ele em Cruella. Ele tem esse timing cômico, mas que você consegue ver o ser humano por trás, a dor escondida, e sabe, que essas piadas e esse humor pode vir de o que ele está desviando ou que ele esconde. Ele consegue colocar todas essas camadas nesse humor.“
E sobre o colega, o ator Joel Fry, Gillespie diz: “E então temos Joel que é tão acessível e com um coração gigante. É como se ele fosse a bússola moral para Cruella. Ele chamaria a atenção dela de uma forma como um irmão chamaria. Eu acho que essa dinâmica entre os três realmente funcionou de uma maneira muito bonita. Eu dei espaço para os três improvisarem deixei para eles se soltarem. Eles são todos tão talentosos assim. Então, realmente parecia natural, sem esforço, tê-los juntos na sala. ”
A MARCANTE TRILHA SONORA DE CRUELLA
Um dos maiores destaques de Cruella é sua trilha sonora e Gillespie também usou o tempo do evento para comentar um pouco sobre o processo de escolha de músicas e como eles influenciaram na criação do filme.
Ele diz: “Nós projetamos o filme sabendo que nós teríamos muitas músicas. E então pensamos em diversas cenas que dessem espaço para as músicas terem destaque. E durante as gravações, eu tocava as músicas no set de filmagem, e eu colocava as músicas enquanto gravávamos as cenas. Tipo aquela música dos The Doors, quando conhecemos A Baronesa (Emma Thompson) pela primeira vez… eu coloquei no dia que nós gravamos a cena e nunca mais troquei durante a pós-produção, sabe?
Ah também temos uma música super boa de Nancy Sinatra que foi meio que espontânea e escolhida quando estávamos gravando… a personagem de Emma está na [loja de departamentos] Liberty, e está no elevador e fizemos tipos umas 4 tomadas, e não dava certo. E então eu pensei E então eu pensei [e olhei para a atriz] eu acho que se você cantasse talvez uma música?. E eu fui no meu celular e pensei: e que tal se colocarmos Nancy Sinatra “Boots Made For Walking?” e então ela: Okay. E então a personagem vem dançando e etc. Então, em resumo, a música sempre esteve na minha cabeça quando estávamos gravando e procurando oportunidades de colocar elas no filme.
Cruella tem na equipe de roteiro os escritores Aline Brosh McKenna, Jez Butterworth, Kelly Marcel e Steve Zissis. Craig Gillespie fica na direção.
Ambientado na Londres dos anos 70 em meio à revolução do punk rock, o filme mostra uma jovem vigarista chamada Estella, uma garota inteligente e criativa determinada a fazer um nome para si através de seus designs. Ela faz amizade com uma dupla de jovens ladrões e, juntos, constroem uma vida para si nas ruas de Londres. Um dia, o talento de Estella para a moda chama a atenção da Baronesa Von Hellman, uma lenda fashion que é devastadoramente chique e assustadora. Mas o relacionamento delas desencadeia um curso de eventos e revelações que farão com que Estella abrace seu lado rebelde e se torne a Cruella má, elegante e voltada para a vingança.
Cruella chega 28 de maio de 2021 nos cinemas e no Disney+ com Premier Access.
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