Analisar, escolher, premiar obras e artistas da cultura pop. Esse é o trabalho do Júri Técnico da CCXP Awards que no dia 15 de julho vai apresentar e celebrar o melhor da cultura nacional. E como toda grande premiação de gala, a jornada de cada obra e artista começa na inscrição e passa pelas mãos de jurados e do voto popular. Na sua primeira edição, a CCXP Awards se mostra desde o primeiro momento, transparente e preocupada em apresentar seus presidentes e a construção da mesa julgadora de forma independente da CCXP e Omelete.
Atualmente, as obras e os conteúdos inscritos, em 32 subcategorias, estão em análise pelo Comitê de Especialistas – um júri composto por artistas, produtores, desenvolvedores, gamers, creators, jornalistas e diversos outros players que fazem parte da indústria do entretenimento no país. No próximo dia 9, os integrantes do Comitê finalizam a votação dentro das obras inscritas que conhecem e entregam o que resultará na formação de um Short List composto por até 10 obras escolhidas para cada subcategoria.
Na sequência, no dia 14 de junho se iniciam os votos do Júri Técnico e será aberto o voto popular para eleger assim, os Finalistas dentro de cada subcategoria. Assim, a lista será reduzida para o número de até cinco melhores participantes. Essa etapa começa no dia 1º e finaliza no dia 06 de julho.
A CCXP Awards apresenta Júri Técnico em três categorias: Quadrinhos, Filmes e Literatura. Na próxima semana serão apresentados os nomes dos integrantes em Séries, Criadores de conteúdo e Games & eSports.
QUADRINHOS
O Júri Técnico é liderado pelos presidentes Mariana Viana e Pedro Ferreira, do canal @foradoplastico. A dupla convidou cinco jurados que irão selecionar e votar nos melhores trabalhos inscritos nas subcategorias: Quadrinho do ano, Quadrinista do ano, Álbum, Tira e Web-tira, Roteirista, Desenhista, Arte-Finalista e Colorista. O primeiro nome a compor o Júri Técnico é Afonso Andrade. Ele é historiador e gestor cultural na Biblioteca Pública Estadual de Minas Gerais. Afonso carrega experiência de ter sido coordenador do Festival Internacional de Quadrinhos (FIQ) até 2020. Dando sequência, Dandara Palankof, jornalista e co-editora da revista Plaf. Ela trabalha na tradução de HQs desde 2015 e já foi jurada dos prêmios Grampo e HQMix.
Vencedora do Troféu HQMix 2019 nas categorias Melhor Livro Teórico e Melhor Mix com a produção Mulheres & Quadrinhos, Laluña Machado, carrega o título de ser a maior especialista acadêmica em Batman do Brasil. Atualmente compõe o Grupo de Pesquisas de Práticas Culturais Contemporâneas da USP e o Observatório de Histórias em Quadrinhos da USP.
Proprietária da Itiban Comic Shop, Mitie Taketani é paulistana, mas vive em Curitiba há mais de 30 anos. Foi lá que ela criou a livraria especializada em histórias em quadrinhos que é referência no Brasil. Além da curadora, Mitie já organizou centenas de lançamentos e bate-papos com artistas na Itiban, com nomes como Laerte, Marcello Quintanilha, Luiz Gê e Lourenço Mutarelli. Já Samir Naliato é editor da plataforma Social Comic e fundador do site Universo HQ.
FILMES
Com Marina Person como presidente da categoria, ela formou um time de primeira estrela para escolher e votar em quatro sub-categorias nacionais (Melhor filme, Melhor direção, Ator e Atriz), além de uma com abrangência global (Melhor filme do ano). O primeiro nome é a roteirista e diretora queer negra, Gautier Lee. Ela é co-fundadora do coletivo Macumba Lab e foi cinco vezes premiada no Festival de Gramado e vencedora do prêmio Cabíria. Juliano Gomes é o segundo nome da lista e trabalha como co-editor da Revista Cinética e é um crítico membro da Abraccine.
Criadora da personagem Blogueirinha do Fim do Mundo, Maria Bopp é atriz e formada em audiovisual. Ela já trabalhou como continuísta em diversas produções brasileiras e foi a protagonista das séries Me Chama de Bruna e As Seguidoras. O quarto nome apresentado pela CCXP é Caio Horowicz. Ator, o jovem de 26 anos foi premiado como Melhor Ator Coadjuvante pelo filme Califórnia no Festival do Rio. Entre seus trabalhos estão os filmes Boca a Boca, LOV3 e Hebe.
Fechando a lista da categoria FILMES, Dione Carlos. Dramaturga, roteirista, atriz e curadora, ela possui vinte e cinco peças de teatro encenadas no Brasil e em países como Portugal, Inglaterra, EUA, México, Alemanha, Bélgica e Colômbia. Dona de seis livros publicados, ela em 2019, representou o Brasil no Dia Internacional da Língua Portuguesa na Grécia, em Atenas, onde palestrou no Museu da Acrópole. Atualmente é roteirista contratada da Rede Globo, onde desenvolve séries e novelas.
LITERATURA
Daniel Lameira, diretor criativo e cofundador da Editora Antofágica apresenta seu time de jurados para as melhores obras nacionais nas subcategorias Melhor ficção e Melhor não-ficção.
Para os trabalhos em Melhor Ficção, o Júri terá as escritoras e irmãs Pétala Tainá e Isabella Raíssa são produtoras de conteúdo da Afrofuturas e especialistas em ficção especulativa, decolonidade e representatividade na literatura. Seguindo temos o nome de Camila Von Holdefer, crítica literária e tradutora com publicações nos principais veículos de imprensa.
Criador das séries Vaga-lume e Para Gostar de Ler, da editora Ática, Jiro Takahashi é editor e professor com passagens por outras publishers como Nova Fronteira e Rocco. O próximo nome é Anne Quiangala, idealizadora do Preta, Nerd & Burning Hell. Confessa ser uma das poucas fãs da série Birds of Prey, diz que só tem itens da DC, mas assume ser marvete.
Na votação para a subcategoria de Melhor Não-ficção, a composição da mesa começa com Semayat Oliveira, jornalista formada pela Universidade Metodista de São Paulo e especialista em Cultura, Educação e Relações étnico-raciais pela USP. Ela é cofundadora do site jornalístico Nós, mulheres da periferia e também atua como escritora, tendo participado no livro Heroínas desta História, publicado em 2019 pelo Instituto Vladimir Herzog. Outro jornalista a integrar a lista de Júri é Pablo Miyazawa. Especializado em cultura pop, ele editou publicações como Rolling Stone, IGN Brasil, Herói, AdoroCinema, EGM Brasil e Nintendo World.
Fechando a lista temos Stephanie Borges e Gaía Passarelli. A primeira é escritora e tradutora, tendo recebido o IV Prêmio Cepe Nacional de Literatura pelo livro Talvez precisemos de um nome para isso. E por fim, Gaía é autora do livro Mas Você Vai Sozinha?, lançado pela Editora Globo em 2016.