Bill Harder é Barry.
Mesmo não sendo muito conhecido do grande público, o comediante vem de uma longa carreira no humorístico americano Saturday Night Live e dos atores que fizeram parte do programa e que ganharam mais destaques em produções próprias Harder é um dos últimos a ganhar uma série para chegar de sua.
Tina Fey (30 rock), Amy Poehler (Parks & Recreation), Andy Sandberg (Brooklyn 99) e Seth Mayers (Late Night With Seth Mayers) vem com passagens pelo programa de esquetes para depois ganharem seus próprios programas mas mesmo assim Harder que escreve a série com Alec Berg e também dirige os episódios, não decepciona e entrega um bom material. E não se engane Barry a nova cômica da HBO vem no mesmo esquema que as produções dos outros colegas.
A série não é a tradicional sitcom com risadas falsas e claquetes a cada piada e não tem aquele humor que te fazer soltar altas gargalhas, Barry é uma série de atuação e se destaca por ser uma comédia de roteiro. Assim, vemos situações mais absurdas acontecerem e que dependem muito da performance de seus atores e aqui Harder surge com uma figura completamente hilária mas estranha e adorável mas por todos os motivos errados.
No seriado Barry é um assassino de aluguel que ah lá Dexter só trabalha matando pessoas más. Durante uma crise consciência e insatisfeito com sua vida ele acaba indo para Los Angeles realizar um trabalho como um outro qualquer mas encontra em uma comunidade artística um grupo de pessoas acolhedoras e onde ele se sente confortável na medida do possível onde um assassino em série bom no seu trabalho se sente no meio de um palco.
E todo o envolvimento do personagem ao chegar nas aulas de teatro são completamente bem trabalhados e realmente o que a série tem melhor, junto com a atuação de Harder, é o seu texto afiado e bem escrito que deixa tudo completamente agradável de se ver nesse primeiro episódio.
Com um rápido desenvolvimento da narrativa ao apresentar os personagens que acaba passando pelos alunos da classe de teatro no melhor estilo college films, onde cada um tem um “papel definido” como a garota bonita, a melhor amiga e bonitão temos alguns nomes que valem a pena serem notados. Por exemplo, na comédia temos a ótima Darcey Carden vista em The Good Place e o surtado professor interpretado pelo ator Henry Winkler.
Em contra-partida com o descontraído núcleo do teatro, temos o envolvimento do personagem principal com a máfia russa que realmente parece não estar para brincadeiras quando o assusto é assassinato e cria um sentimento de perigo bastante real para Barry juntamente com seu chefe Fuches (Stephen Root).
A comédia parece que irá se desenvolver entre mostrar como os diferentes tipos de vida de Barry devem se cruzar e se depender de Bill Harder com suas caras e bocas fantásticas devemos ter algumas cenas interessantes vindo por ai. A qualidade do roteiro com referências para filmes como Um Sonho Possível (2009) e Magnólia (1999) faz para quem gosta de cinema e filmes um prato cheio.
Barry pode não ser a típica comédia mas entrega um episódio piloto diferente, criativo com toques de humor negro que devem apenas aumentar e deixar o clima de meio estranho rolar solto. Afinal, temos uma assassino expressando suas emoções no palco e como diria o professor “atuação é a verdade” e isso deve render cenas para lá de engraçadas e desconfortáveis para Barry.
Barry é exibida na HBO todos os domingos às 23h30.
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