Confesso que o ritmo e a construção do primeiro episódio da temporada de American Horror Story: Cult não me cativou, mas este segundo episódio mostrou um pouco mais a que veio e deixou ótimas questões em aberto, principalmente quanto a construção do medo e como usar isso a seu favor de alguma maneira. Sarah Paulson está maravilhosa!
ALERTA DE SPOILER: Este artigo contém informações sobre os principais acontecimentos do episódio. Continue a ler por sua conta e risco.
Então vamos lá… A trama do episódio não buscou resolver ou explicar as coisas que vimos no episódio anterior, pelo contrário, expandiu a ideia dos medos de Ally colocando um palhaço dentro de sua casa, e trazendo novos vizinhos para a casa da frente, o que só piora, pois o homem do casal é apicultor, aumentando a tripofobia dela. Ally ainda precisa lidar com o fato de ter encontrado um morto dentro do refrigerador de seu restaurante… Parece que veremos Paulson gritar muito nessa temporada!
Já Kai se utiliza do vídeo dele apanhando dos imigrantes para fazer campanha e conseguir entrar no conselho da cidade, cargo que seria o mesmo que um vereador. Logo de cara vemos ele expondo ódio na televisão, para depois vermos ele pedir voto na vizinhança de Ally e ambos debaterem sobre conexão humana e o poder de criar o ódio. Eis então que temos uma cena incrível entre Paulson e Evan Peters, onde ambos mostram o melhor de suas atuações.
Completamente acuada em casa, Ally ainda tem as visões dos palhaços por sua casa para lhe causar medo, só que Oz começa a vê-los também. Só que agora Ally tem uma arma e para proteger o filho ela é capaz de tudo… É então que enganos começam a acontecer e tudo tende a piorar.
Ivy está cansada, não aguenta mais os surtos de Ally e quando ela tem mais um, no meio da noite, e sem ninguém em casa, ela acaba mandando Pedro ir conferir como estão as coisas, mas ele acaba chegando bem quando tudo está fora do lugar e leva um tiro de Ally ao bater em sua porta. Toda a construção até este momento é excelente, pois temos Pedro brigando com Roger, um companheiro de trabalho que acaba morrendo após isso, os medos de Ally aumentando ao ver o corpo do colega, ela pegando uma arma com o vizinho e no fim essa tragédia… Doido para ver como as coisas irão acontecer no próximo episódio.
Os outros personagens também tiveram momentos interessantes, como Winter e Oz, onde a babá começa a doutrinar o garoto no controle do medo e na troca e sentimentos com o toque dos dedos mindinhos, onde carne e o contato fazem eles virem a falar somente a verdade. O ritual é estranho, mas Winter consegue fazer Oz controlar suas ansiedades.
Detetive Samuels sempre aparece de forma bizarra e contestando as atitudes dos envolvidos, e já me pergunto se ele não pode estar no culto dos palhaços… Enquanto Harrison (Billie Eichner, que será o Timão no live action de O Rei Leão) e Meadow Wilton (Leslie Grossman, Popular), os vizinhos nada convencionais, apenas trazem mais questões, como gostos duvidosos, ou a forma que enfrentam o desconhecido.
American Horror Story: Cult cresce neste segundo episódio, me deixa mais intrigado com as tramas a serem desenvolvidas e finalmente começo a me envolver mais com a história de Ryan Murphy. A abertura é realmente medonha e nos faz ficar apreensivos a cada cena, retomando estes momentos de tensão já no início do episódio, já que não teve em Roanoke.