sexta-feira, 22 novembro, 2024
InícioFilmesCríticasShazam! | Crítica

Shazam! | Crítica

Apenas diga a palavra mágica e entre no novo mundo que a DC Comics oferece nos cinemas! Com Shazam! (2019) vemos o trabalho de formiguinha, que começou lá em Mulher-Maravilha (2017) e depois chegou em Aquaman (2018), de mostrar e introduzir novos personagens dos quadrinhos para o grande público, tem dado certo. Por enquanto.

Shazam! tinha uma grande tarefa, apresentar a história do garoto que ganha poderes ao falar a palavra Shazam! para o grande público pela primeira vez. E assim, diferente de seus colegas que já eram até que bem conhecidos, Shazam! precisava ter um roteiro caprichado e bem redondinho para então introduzir o personagem para o público, e além disso, criar uma história única, com começo, meio e fim, como a DC decidiu que seria seu modelo de trabalho após Batman Vs Superman (2016).

Shazam! – Crítica | Foto: Warner Bros Pictures

E isso que o Shazam! de David F. Sandberg faz, um filme com carisma, humor e até mesmo um tom um pouco sombrio, coisa que o diretor já havia trabalhado nos seus projetos anteriores como Quando as Luzes se Apagam (2016) e Annabelle 2: A Criação do Mal (2017).

Assim, Shazam! nos introduz para novos heróis, e também em contra-partida, novos vilões para o mundo da DC nos cinemas. E ao fazer isso, o longa amplia o leque de personagens que o estúdio pode brincar a partir de agora, como deveria ter sido feito, desde do começo, com outros personagens mais conhecidos, como por exemplo, o Flash ou até mesmo o Robin, ou a Batgirl.

Shazam! faz então um filme literalmente de origem, assim como foi Homem de Aço (2103), com uma mitologia super rica, vasta e que dá bases para o espectador conhecer mais do mundo um pouco mais mágico que a DC tem tentado firmar, mesmo que aqui, o filme entregue um realismo gigante. A mão de Samberg para o drama (e suspense) é sentida aqui, onde Shazam! sabe unir a seriedade e a complexa história que envolve o desenvolvimento da figura Dr. Silvana (Mark Strong, ótimo mesmo que canastrão) como um dos grandes vilões do longa, onde o filme trabalha com uma fotografia mais escura, com a leveza do jovem Billy Batson (Asher Angel, um ator mirim para ficar de olho) ao ganhar seus poderes, e assim, descobrir como viver com eles. Nesse segundo momento, Shazam! esbanja cor e luzes, e o filme acaba por ser uma clássica e básica história para como se tornar um super herói, com passagens inspiradas, momentos hilários e super descontraídos, onde os atores Zachary Levi (apenas fantástico!), como a versão adulta de Billy, e Jack Dylan Grazer (talentoso) como o amigo Freddy Freeman, literalmente, roubam todas as cenas!

Zachary Levi and Jack Dylan Grazer in Shazam! (2019)
Shazam! – Crítica | Foto: Warner Bros Pictures

O longa também se beneficia de uma leveza do roteiro escrito por Henry Gayden que trata alguns pontos difíceis ao falar, como crianças abandonadas, sistema de adoção, relacionamentos, e mostra que família, às vezes, são aquelas pessoas que escolhemos, bem mais do que aqueles que biologicamente nos geraram. Assim, a produção, tem uma trama que passa na época de Natal, onde Shazam! entrega toda uma aura familiar dos filmes dos anos 90, como Esqueceram de Mim (1990), e faz, realmente, um daqueles longas para se assistir e assistir várias vezes.

As conexões com o mundo da DC nos cinemas é um delírio a parte para os fãs observarem. Aqui, Shazam! tem inúmeros easter egg que o deixam ainda mais divertido de se acompanhar, de se encontrar e que vão desde desde de menções ao Aquaman, até para o Batman. E isso tudo, compensa, um pouco, o ritmo meio truncado do filme que parece ser episódico demais, onde vemos que o longa começa e finaliza alguns arcos de uma forma bem rápida, dando pouco espaço para um eventual respiro. Mas, na mesma velocidade que vemos Billy Batson gritar Shazam! e se transformar num super herói adulto, esses pequenos momentos de incômodo, acabam por passar voando.

Shazam! parece ser a realização do sonho de todo jovem garoto que é obcecado por super-heróis, e acerta e muito, ao entregar boas atuações com um texto bem cuidado e polido numa história divertida. O elenco bem escalado, liderados por Levi, e cheio de química entre si, o deixam parecer que tudo faz parte uma boa e grande família com baita coração.

Absurdamente engraçado e absolutamente divertido, Shazam!, no final, entrega uma daquelas histórias que você entra, se diverte e sai com a certeza que valeu a pena o ingresso.

Ps: O filme tem 2 cenas pós-créditos!

Avaliação: 4 de 5.

Shazam! chega nos cinemas em 4 de abril.


Miguel Morales
Miguel Moraleshttp://www.arrobanerd.com.br
Sempre posso ser visto lá no Twitter, onde falo sobre o que acontece na TV aberta, nas séries, no cinema, e claro outras besteiras.  Segue lá: twitter.com/mpmorales

Artigos Relacionados

1 COMENTÁRIO

Comentários estão fechados.

Newsletter

Assine nossa Newsletter e receba todas as principais notícias e informações em seu email.

Mais Lidas

Sutura | Primeiras Impressões: Série nacional costura ótima Cláudia Abreu com trama cheia de reviravoltas

Nova série médica nacional do Prime Video costura ótima Cláudia Abreu com trama cheia de reviravoltas. Nossa crítica de Sutura.

Últimas

“Quanto mais convincente, quanto mais familiarizado que tivéssemos com isso, com os termos médicos (…) melhor.” afirma Claudia Abreu em bate-papo sobre a...

"Quanto mais convincente, quanto mais familiarizado que tivéssemos com isso, com os termos médicos (...) melhor" afirma Claudia Abreu em bate-papo sobre a série médica Sutura